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Morre o diretor de teatro Aderbal Freire-Filho, aos 82 anos

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Dia de luto para a cultura brasileira. Morreu na tarde desta quarta-feira, 9, aos 82 anos, o diretor de teatro Aderbal Freire-Filho. Segundo familiares, ele sofria complicações na saúde desde 2020, quando sofreu AVC hemorrágico e estava internado no Hospital Copa Star, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Era casado com a atriz Marieta Severo desde 2004.

Ele nasceu em Fortaleza (CE) e começou a carreira artística aos 13 anos, como ator em grupos amadores e semi-profissionais de teatro. Graduou-se em Direito em Fortaleza, mas, nunca exerceu a profissão. Mudou-se para o Rio em 1970, em plena ditadura militar, onde estreou como ator na peça “Diário de um louco”, do russo Nikolai Gogol, dentro de um ônibus que percorria as ruas da cidade.

Era conhecido como um diretor teatral ousado e com montagens pouco tradicionais. Estreou na direção em 1972, com a peça “O cordão umbilical”, escrita por Mário Prata. Em 1973, o primeiro sucesso, com o monólogo “Apareceu a Margarida”, de Roberto Athayde, estrelado por Marília Pêra.

A família ainda não deu informações sobre o velório e o enterro.

Repercussão no meio artístico:

“Muito triste com a morte do Aderbal Freire Filho. Por seis anos atuou como conselheiro na Adaap, associação que gere a SP Escola de Teatro. Na época em que o Contardo Calligaris presidia o Conselho de Administração da entidade. Vivemos histórias tão incríveis. E sonhamos tanto também”, Ivan Cabral, produtor teatral.

Rosane Svartman, novelista:
“Acho que a peça do gigante Aderbal Freire Filho que mais me marcou foi O Tiro que Mudou a História, encenada pelo Museu do Catete. Nunca vou esquecer. Obrigada, Aderbal”.

Rainer Cadete, ator:
“Um dos grandes nomes do nosso Teatro nos deixa hoje. Aderbal Freire-Filho, obrigado por sua arte. Vá em paz! Meus sentimentos a toda família”.

Jandira Feghali (PC do B), deputada federal e ex-secretária municipal de Cultura do Rio:
“Tristeza muito grande. Uma alma revolucionária e inquieta, um gigante da arte brasileira, seu talento está gravado na memória de quem assistiu ao menos uma de suas montagens, sempre únicas, de autores brasileiros, latino-americanos e clássicos, como Shakespeare. Agradeço a sua disponibilidade afetiva, a coerência com a vida e a liberdade de criação que sempre exerceu, ao lado das liberdades democráticas que defendeu apaixonadamente. Uma perda imensa”.

*Em apuração

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