Entender como as galáxias se formam é uma das questões mais fundamentais da astrofísica moderna. Sendo a única galáxia para a qual podem ser obtidas cinemáticas e composições químicas para milhões de estrelas resolvidas, a Via Láctea pode fornecer pistas fundamentais para esta questão.
Pensando nisso, os olhares de importantes nomes da astronomia mundial estarão voltados para Paraty, cidade do litoral sul do estado do Rio de Janeiro, para compartilhar conhecimento científico referente ao que é sabido hoje sobre as diferentes populações estelares da Via Láctea e além.
O momento em questão é o Simpósio “Populações estelares na Via Láctea e além / IAUS 395: Stellar populations in the Milky Way and beyond”, que está previsto para os dias 17 a 22 de novembro. A organização é do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), em parceria com o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) e o Observatório Nacional (ON).
Com 105 anos de história, a IAU, sediada em Paris, na França é uma sociedade científica, cujos membros são astrônomos profissionais de diversos países. Neste mais de um século, ocorreram, em média, quatro simpósios anuais, com temas que são previamente submetidos para criteriosa análise.
As propostas enviadas para o IAU precisam ser abrangentes, de interesse da astronomia geral, com perfil científico, educacional e voltado para a sociedade. Características que estão presentes na proposta de Simpósio 395, assinada pelo Professor Dr. Jorge Meléndez, do Departamento de Astronomia do IAG-USP, que coordena a programação ao lado da Drª. Cristina Chiappini, brasileira que atua no Leibniz-Institut für Astrophysik Potsdam, da Alemanha.