Na última sexta-feira (11) a Eletronuclear reiniciou as obras de concretagem do edifício do reator de Angra 3. As obras civis da usina estavam paralisadas desde 2015, com a retomada, esta será terceira usina nuclear localizada em Angra dos Reis.
As etapas de construção incluem obras civis, montagem eletromecânica, comissionamento de equipamentos e sistemas e os testes operacionais. Esta usina, assim como Angra 2, usará tecnologia alemã desenvolvida peal Siemens/KWU.
A usina começou a ser construída em em 1984 e sofreu pausas por conta de restrições econômicas. Em 2015, quando registrava 65% de progresso, foi paralisada pela última vez em decorrência de denúncias de desvios de recursos.
Para a retomada dos trabalhos, foi criado o Plano de Aceleração do Caminho Crítico de Angra 3. Nesta etapa acontecerá a conclusão das obras civis, assim como o fechamento da esfera de aço que fica dentro do edifício do reator e a instalação de equipamentos importantes, a piscina de combustíveis usados, a ponte polar e o guindaste do semipórtico.
A usina terá capacidade para gerar 12 milhões de megawatts-hora por ano. Segundo a Eletronuclear, essa energia é capaz de atender ao consumo residencial da região Norte ou de quase todo o Centro-Oeste.
“Vale destacar que a qualidade do concreto, tanto dos elementos agregados em si, tais como areia, pedra, água, cimento etc., quanto de sua proporção na mistura final, o chamado traço, são objeto de rigorosa avaliação técnica”, informa em nota a Eletrobras, enfatizando a necessidade de testes de campo e em laboratório. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão regulador e fiscalizador do setor nuclear brasileiro, também acompanha o processo.
*estagiária sob supervisão de Lucas Nunes