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Pesquisadores apresentam pesquisa sobre navio negreiro afundado em Angra dos Reis

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Na última sexta-feira (07/07) pesquisadores e historiadores apresentaram, na sede do Arquivo Nacional, detalhes de uma pesquisa sobre o navio negreiro Camargo. Datado de 1852 o brigue era de um traficante de escravos que navegou de Moçambique com destino para o porto de Bracuí, em Angra dos Reis. Para evitar a prisão o capitão afundou o navio e fugiu.

O navio teria sido roubado em 1851, na Califórnia (EUA) pelo capitão Nathaniel Gordon, que viajou até Moçambique e traficou 500 africanos para o porto clandestino do Bracuí. Em 1852 afundou a embarcação para evitar a prisão e a comunidade quilombola Santa Rita do Bracuí conta a história que ele teria fugido vestido de mulher para os EUA. Mas em 1862 ele morreu enforcado.

Foto Portal Brasil Mergulho

As buscas arqueológicas pelo navio começaram de forma sistemática em 2022, com a participação de mergulhadores pesquisadores, e avançaram com a descoberta recente de materiais que podem ser da embarcação. Participaram dessa busca arqueólogos e pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Federal do Sergipe (UFS).

Caso os pesquisadores encontrem os vestígios do navio, a ideia é que eles continuem no local, no fundo do mar, para serem estudados e preservados. Um dos objetivos do projeto é estimular o envolvimento das comunidades locais em iniciativas sociais, culturais e turísticas.

Foto Divulgação

O projeto de pesquisa conta com apoio e investimentos de instituições de ensino e pesquisa norte-americanas, como George Washington University e do Smithsonian Institution National Museum of African American History and Culture; além do Instituto AfrOrigens, projeto de mapeamento do tráfico transatlântico de africanos, que está à frente das buscas pelo brigue.

“Nos últimos dias, temos ampliado os esforços para conseguir atuar naquela área e chegar mais rápido a esses materiais. A gente usa tecnologias oceanográficas para tentar encontrar o Camargo. Estamos na fase de processamento de dados. A resposta que posso dar agora é que temos encontrado materiais, mas ainda é difícil dizer que eles são parte do Camargo. Temos que pegar cada um deles e analisar. E também avançar nas escavações. Cada embarcação tem a sua assinatura e precisamos fazer essa identificação”, disse Luis Felipe Freire Dantas Santos, presidente do Instituto AfrOrigens.

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