O filme “Barbie”, protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling, uma live action sobre a icônica boneca americana, só vai estrear nos cinemas brasileiros no próximo dia 21, mas, já está criando polêmica por aqui. O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) abriu no último dia 7 uma representação ética contra um dos anúncios de lançamento do filme “Barbie”, estrelado por Margot Robbie e Ryan Gosling.
O anúncio em questão mostra crianças brincando com bonecas que representam bebês até que chega a Barbie vinda do espaço e as crianças, encantadas com ela, destroem as antigas bonecas, quebrando-as em pedaços, em uma alusão à famosa sequência do filme “2001, uma odisséia no espaço”, de Stanley Kubrick, em que macacos quebram ossos, batendo-os no chão.
Devido à representação do Conar, o trailer do filme não poderá mais ser exibido em nenhuma sessão de cinema cuja classificação seja aberta a menores de 12 anos para verificação da sua conformidade às recomendações do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. O órgão disse que a representação “visa única e exclusivamente o anúncio, uma vez que o filme é obra artística, fora, portanto, do alcance do Código”.
Segundo o Conar, a Warner, responsável pela produção e distribuição do longa, pode “recorrer da medida liminar e está convidada a se defender perante o Conselho de Ética do Conar”.
O que motivou a representação do Conar, segundo o órgão, é que o anúncio contem cenas de “não urbanidade”, ausência de boas maneira e ato violento”.
Veja a nota oficial do órgão
“Em seguida, a relatora da representação concedeu liminar parcial, levando em conta que o teaser está em exibição ostensiva para o público infantil e com cenas de não-urbanidade, ausência de boas maneiras ou ato violento/inseguro, o que viola recomendações da Seção 11 do Código.
Neste sentido e porque a tutela dos direitos da criança está sujeita ao princípio da precaução, ela concedeu medida liminar parcial, recomendando a sustação da divulgação de um dos teasers do filme, restrição válida apenas para as divulgações nos blocos de espaço comercial em sessões de cinema de filmes com classificação indicativa inferior a 12 anos, por ser esta a idade de proteção da criança estabelecida pelo artigo 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente.”
Até o momento a Warner não se manifestou sobre a censura ao trailer do filme.