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Mulheres de Ilha Grande montam roteiros turísticos da região

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Na Ilha Grande, um dos destinos turísticos mais procurados do estado, com cerca de 400 mil visitantes por ano, mulheres da Associação de Moradores e Pescadores da Enseada das Estrelas (Ampee) estão preparando roteiros inéditos de turismo de base comunitária onde vivem. Pela primeira fez vão oferecer aos turistas experiências de imersão preparadas com a participação direta das marisqueiras, caiçaras e outras comunidades tradicionais.

A iniciativa é apoiada pelo projeto Educação Ambiental que tem gestão do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). O projeto é uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta de responsabilidade da empresa PRIO, conduzido pelo Ministério Público Federal – MPF.

Jaisa dos Santos Assis, 40 anos, e Queila Lara dos Santos Silva, 41, são donas de casa e integrantes da Ampee. Com o apoiodo projeto Educação Ambiental, elas puderam investir em capacitações e na criação de novos roteiros atrativos e que se destaquem entre as ofertas de grandes agências turísticas, que nem sempre beneficiam a região.

Mulheres de Ilha Grande preparam roteiros turísticos/Foto: Divulgação

Para Jaisa, coordenadora da Ampee, o projeto fortalece os laços comunitários, empoderando as pessoas para serem agentes ativos na preservação de seu patrimônio natural e cultural. “O turismo comunitário fortalece as nossas atividades. A cartografia social ajudou a resgatar o orgulho de ser caiçara, de pescar, plantar, fazer farinha, estar em contato com a nossa história. As mulheres tomam a frente do projeto e muitas levam seus filhos para as oficinas e encontros, o que fortalece as tradições entre as gerações”, destaca.

O trabalho já tem rendido frutos. Josiele Cruz Andrade e Silva, 34 anos; Danielle Dias Fernandes, 40, e Marilene dos Santos Raymundo, 55, são donas de casa e marisqueiras. Elas organizam de forma colaborativa uma rede de economia solidária para vender o marisco a preço justo que beneficie a todas. Com o lançamento dos novos roteiros, fica a expectativa das vendas aumentarem com a expansão do turismo comunitário.

O turismo de base comunitária fortalece as atividades dos moradores, que prestam serviços para os visitantes, tais como: guia, passeios, venda de artesanato, hospedagem e alimentação, respeitando o meio ambiente e o cotidiano local.

Dez mulheres já participaram das pesquisas de campo e 25 tiveram a oportunidade de conhecer as experiências de outros locais para fortalecer a oferta de serviços. A partir de oficinas e rodas de conversa, essas mulheres estão na reta final para a criação de roteiros, que em breve poderão ser usufruídos pelos visitantes.

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