A usina nuclear de Angra 3 ainda está sendo construída, mas, ela pode encarer as contas de energia elétrica quando entrar em operação. Segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgado esta semana, a energia que está sendo gerada pela usina pode aumentar a conta de luz em 2,9% por ano. Os cálculos são da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
De acodo com a EPE, a usina poderá custar R$ 43 bilhões aos consumidores. Este valor inclui a contratação de outras fonts de energia no lugar da usina. O que a torna mais cara que todas as demais fontes em R$ 43 bilhões. O custo é a média das simulações da EPE, com cenários que apontam para despesas de até R$ 77 bilhões pagas pelos consumidores. Ou seja, a operação da Angra 3 vai custar mais do que a energia que ela irá gerar.
Os custos da construção da usina serão pagos no valor de venda da energia ao mercado regulado, como o consumidor residencial e rural, além de comércio e empreas pequenas.
Segundo o TCU, seriam necessários mais R$ 19,14 bilhões para concluir a construção de Angra 3. O custo do abandono do projeto está estimado em R$ 13,6 bilhões. A usina começou a ser construída em 1981 e apenas 65% da obra foi concluída até o momento.
Em 2019, a Eletronuclear contratou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estruturar um modelo de financiamento para a conclusão das obras. O banco também analisa uma estratégia de reestruturação das dívidas de Angra 3. A conclusão depende da operação de financiamento em estudo pelo BNDES, pois o banco precisa propor uma tarifa de energia que possa pagar o empréstimo.
A Eletronuclear se pronunciou esta semana sobre o assunto e disse que a informação consta de um relatório da EPE, que se baseou em apresentação preliminar do BNDES para o Ministério das Minas e Energia no passado. Conforme a Lei n. 14.120/2021, o preço da energia elétrica para Angra 3 será o resultante do estudo contratado junto ao BNDES.
A Eletronuclear esclarece a todos que trabalha diuturnamente para que as eficiências operacional, financeira e de construção sejam devidamente apropriadas sempre em benefício do consumidor brasileiros para a modicidade tarifária.