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Duas semanas após posse, Câmara de Itaguaí abre processo de cassação contra prefeito

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Mais um episódio na briga política em Itaguaí. O prefeito de Itaguaí, Rubem Vieira, conhecido como Doutor Rubão, já enfrenta um processo que pode levar à cassação do seu mandato, menos de três semanas após reassumir a Prefeitura.

Isso porque a Câmara de Vereadores instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de irregularidades em contratos da prefeitura. A decisão foi anunciada na sessão legislativa de quinta-feira (03), após a apresentação de uma denúncia feita por uma ex-funcionária do município, Sueli Pereira da Costa.

Rubão é investigado por um suposto desvio de R$ 60 milhões em contratos de limpeza urbana.

Segundo o documento protocolado na Câmara, a Prefeitura de Itaguaí teria realizado pagamentos milionários a uma empresa contratada sem que os serviços fossem efetivamente prestados.

A denúncia menciona especificamente a limpeza e o desassoreamento de córregos, valas e canais.

“É uma calamidade. Estamos falando de um rombo de R$ 60 milhões. O requerimento é de minha autoria e teve apoio unânime dos vereadores presentes”, afirmou o presidente da Câmara, o vereador Haroldinho.

Prefeito nega e fala em “golpe”

Em resposta ao processo de investigação, o prefeito Rubão negou qualquer irregularidade e afirmou que o contrato citado já estava em vigor antes de sua gestão atual.

“Esse contrato já foi aditivado várias vezes, está no décimo aditivo. Foi feito por pregão eletrônico, com menor preço, aprovado pelo Tribunal de Contas. Não há investigação ou superfaturamento. Isso é uma questão política”, disse Rubão.

O prefeito também classificou a instauração da CPI como uma tentativa de golpe.

“É uma forma de tomar o poder a qualquer custo. O presidente da Câmara não quis disputar a eleição porque sabia que perderia. Agora tenta voltar ao cargo por meio de manobras políticas”, declarou.

No mês passado, Rubão já enfrentou problemas com a Câmara, quando não conseguiu tomar posse, mesmo após determinação da justiça. Na época, para a posse era necessário que a Câmara de Vereadores fosse notificada – mas a Casa Legislativa estava fechada. O motivo do fechamento segundo a Câmara foi falta de luz.

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