A Prefeitura de Angra dos Reis, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão, em parceria com o Centro de Estudos de Produtos de Algas (CEPA/UFRJ), promoveu nos dias 4 e 5 de setembro o IV Workshop da Algicultura na Baía da Ilha Grande: Inovações na Cadeia Produtiva da Kappaphycus alvarezii. Pela primeira vez sediado no Parque Tecnológico do Mar, em Jacuecanga, o evento reuniu cerca de 250 participantes, entre pesquisadores, produtores, empreendedores e estudantes, fortalecendo o debate sobre a Economia do Mar.
O encontro teve apoio do CNPq, Fundação Certi, TerraMar Biotecnologia, AlgasTech, Embrapa Solos, Ecolife e UNAERP, e contou com palestras, mesas-redondas, oficinas práticas e mentorias coletivas. Áreas como gastronomia, cosmética e biofertilizantes ganharam destaque, com demonstrações de produtos derivados de algas e discussões sobre o futuro da cadeia produtiva no Brasil.
Compromisso com a inovação
– Esse encontro demonstra o compromisso de Angra dos Reis, por meio do Parque Tecnológico do Mar, com a valorização da ciência e da inovação voltadas para a Economia do Mar, ampliando oportunidades para a criação de novos negócios e a geração de renda sustentável no município – destacou o prefeito Cláudio Ferreti.
Ciência transformada em oportunidades
– O IV Workshop da Algicultura mostra que Angra dos Reis está no caminho certo ao fortalecer a nossa Economia do Mar. O empreendedorismo local é estratégico para transformar ciência em negócios inovadores e gerar oportunidades para a população. Esse evento simboliza a tríplice hélice em ação — governo, universidades e empresas unidos pelo desenvolvimento de Angra – afirmou o secretário de Planejamento e Gestão, André Pimenta.
Rede colaborativa nacional
Com foco em inovação, sustentabilidade e empreendedorismo, o workshop discutiu desde a legalização de áreas de cultivo até aplicações da alga em bioprodutos, créditos de carbono e neutralização climática.
A Kappaphycus alvarezii, macroalga de alto valor econômico, já tem cultivo autorizado na Costa Verde e no litoral norte de São Paulo, e pesquisas avançam em outras regiões, como Santa Catarina e Nordeste.
– O evento foi fruto da articulação entre comunidades tradicionais, grupos de algicultura familiar, universidades e pequenos negócios, fortalecendo uma rede colaborativa nacional dedicada a transformar conhecimento científico em soluções práticas. A Kappaphycus alvarezii representa um campo promissor, com potencial de aplicação em áreas como alimentação, saúde, meio ambiente e agricultura, além de ser estratégica para a bioeconomia. Deixo aqui meu agradecimento especial à Prefeitura de Angra dos Reis, que foi parceira fundamental para a realização deste workshop – ressaltou a coordenadora do projeto, professora Ana Lúcia Vendramini (UFRJ).
