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Bolsonaro disse que postou “sem querer” vídeo questionando sistema eleitoral

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Foi sem querer. Essa foi a resposta que o ex-presidente Jair Bolsonaro deu na manhã desta quarta-feira, 26, em depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília (DF), sobre os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Ele respondeu sobre um vídeo que compartilhou questionando a lisura do sistema eleitoral brasileiro.

O depoimento foi uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, querendo esclarecimentos a respeito de uma postagem de Bolsonaro, na madrugada do dia 11 de janeiro, com críticas ao resultado do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, que consagraram a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O vídeo – retirado poucas horas depois – continha notícias falsas, logo desmentidas.

Moraes atendeu pedido da Procuradoria Geral da República e tinha dado à PF prazo de dez dias para ouvir o ex-presidente.
À PF, Bolsonaro declarou que queria salvar o vídeo para ver depois, mas, compartilhou em suas redes “sem querer”. Não respondeu a outros questionamentos e disse aos investigadores que se eles quiserem marcar uma nova data, vai comparecer.

Para Moraes, o compartilhamento do vídeo por Bolsonaro poderia indicar uma ligação do ex-presidente com os atos golpistas em Brasília, que foram feitos por seus apoiadores, insatisfeitos com o resultados das urnas. O depoimento durou cerca de duas horas.

Em entrevista coletiva, o advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, contou que no dia da postagem, o cliente dele tinha acabado de receber alta depois de ter sido internado para tratar de obstrução intestinal e tinha sido medicaco com morfina. Ainda segundo Bueno, o ex-presidente compartilhou o vídeo de forma “equivocada”.

“Realmente aquilo ali foi um equívoco na hora de salvar um arquivo para posteriormente poder visualizá-lo e assisti-lo integralmente”, continuou. Ele disse que em “momento algum” o ex-presidente questionou o sistema eleitoral brasileiro.

O ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social da gestão Bolsonaro, Fabio Wajngarten, também estava no local e participou de entrevista com a imprensa ao fim do depoimento. Ele negou que a postagem foi feita pelo vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente e que costumava gerenciar as redes sociais dele.

Fonte: Agência Brasil

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