Os professores da rede estadual de ensino decidiram na tarde desta quinta-feira, 01, manter a greve iniciada no último dia 17. A decisão ocorreu durante assembleia realizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe-RJ) no Clube Hebraica, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. Eles querem que o governador Cláudio Castro pague o piso nacional do magistério para todos os níves.
O clube estava lotado, com centenas de professores presentes. Na reunião, foram definidas seis pontos da pauta de reivindicações: a revogação do decreto de equiparação do piso da categoria ao nacional, publicado no último dia 29 no Diário Oficial do Estado; sem desconto para os grevistas; aplicar o piso nacional a partir do nível 1 do Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria; aposentados e funcionários administrativos têm que estar contemplados no piso; abono das faltas (código 61) por greve desde 2016, para fins administrativos e nenhuma disciplina com menos de 2 tempos no ensino médio.
O Sepe divulgou uma nota com o posiconamento da entidade sobre o decreto de Cláudio Castro:
“A nosso ver, o piso é tratado, neste decreto, como uma complementação remuneratória temporária e não como vencimento base, descumprindo, desta forma, o Plano de Carreira da categoria. Além disso, o decreto ignora totalmente os funcionários administrativos, que recebem um piso menor que o atual salário mínimo.
Dessa forma, reforçamos que o governo não tem motivo algum de ordem jurídica para não implementar o piso para todos os profissionais, seguindo o nosso plano de carreira. Muito menos de ordem econômica, já que falamos do estado que tem o 2º maior PIB do País e que recebeu uma complementação do Fundeb de mais de R$ 275 milhões, em abril.”
*Em apuração