A Prefeitura de Mangaratiba emitiu novas multas ao jogador Neymar Jr., que somam R$ 16 milhões, por infrações ambientais na obra de construção de um lago artificial em sua mansão no Condomínio AeroRural, que foi inaugurado com grande festa em 23 de junho último. O atleta terá prazo de 20 dias para pagar as multas.
A iniciativa das novas multas é da procuradora-geral do município, Juraciara Souza Mendes da Silva, que recebeu relatório de vistoria feita pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente no dia 24 e endossou as justificativas dos fiscais.
A primeira multa, de R$ 5 milhões, fora dada no dia 22 de junho, quando da primeira fiscalização na mansão e recebida pelo pai do jogador, Neymar Santos, que reagiu mal à interdição da obra e chegou a receber voz de prisão por parte dos fiscais, que estavam acompanhados de policiais militares. Logo, com a intervenção de amigos, a ordem de prisão foi relaxada.
A primeira multa foi motivada porque na obra, além de ter sido feita sem autorização da Secretaria de Meio Ambiente, causou um desvio indevido no curso de um rio e provocou deslizamento de terra na área.
As outras multas foram em razão de instalação de atividades sem o devido instrumento de controle ambiental, dentro da unidade de conservação ambiental do Parque Cunhambebe, captação de água do Rio Furado sem a devida autorização, uso de retroescavadeira que provocou erosão do solo, além do descumprimento do embargo, ocorrido com inauguração da obra, além de grande quantidade de resíduos domésticos da festa do dia anterior.
Os fiscais chegaram à obra na mansão atráves de denúncia anônima. O relatório foi assinado por dois biólogos, um engenheiro florestal, uma engenheira florestal sanitarista, uma engenheira química e uma ocenógrafa. A vistoria foi liderada pela secretária de Meio Ambiente de Mangaratiba, Shayene Barreto.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o jogador pode recorrer da multa em 20 dias e caso isso não ocorra, passar a dever ao município. No último dia 30, Neymar Santos obteve uma liminar na vara única de Mangaratiba para desinterditar o lago.
A prefeitura divulgou a seguinte nota sobre o caso:
“A Secretaria de Meio Ambiente, além de aplicar as multas, considerando os danos ambientais causados, bem como, o desrespeito às leis ambientais vigentes, comunicou os fatos constatados ao Ministério Público, Polícia Civil, Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e demais órgãos de controle ambiental”.
Procurado, o jogador, através de assessoria, preferiu nada declarar sobre o assunto.