Relatório da Unesco (Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) sobre o Estado do Oceano (STOR, na sigla em inglês), aponta avançado processo de aquecimento das águas, além da acidificação e queda das taxas de oxigênio em ambiente marinho. Um dos principais alertas é sobre a elevação das temperaturas do oceano. As vieiras produzidas no Brasil têm sofrido com as interferências ambientais, inclusive na Costa Verde fluminense.
“Atualmente a vieira produzida no Brasil (Nodipecten nodosus) não se encontra na lista de animais em extinção, porém os cultivos têm sofrido diretamente por possíveis interferências ambientais na Baía da Ilha Grande, são animais sensíveis às mudanças climáticas que atingem os oceanos, que se encontram cada vez mais quentes. Não é possível determinar ainda a causa e a forma de prevenção por falta de diagnósticos precisos, mas as mudanças ambientais vêm ocorrendo e precisamos olhar para isso com seriedade”, explica Ulisses Mansur, Gestor Ambiental da Brigada Mirim Ecológica da Ilha Grande, que tem como inciativa a ‘Fazenda Marinha da Brigada Mirim Ecológica da Ilha Grande como ferramenta de desenvolvimento sustentável e preservação ambiental’, apoiada pelo Projeto Pesquisa Marinha e Pesqueira no Rio de Janeiro.
Para Ulisses, esse apoio para o sistema de cultivo das vieiras no Rio de Janeiro está fazendo toda a diferença: “O suporte do Projeto chega como um motor para nosso barco a remo. Trazendo motivação para as atividades de Maricultura, com capacitação de membros, estruturação de equipamentos para melhoria das condições de trabalho e consequentemente, da sobrevivência das vieiras”, comemora. A Fazenda Marinha tem apoio do Projeto Pesquisa Marinha e Pesqueira, que é é uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta de responsabilidade da empresa PRIO, conduzido pelo Ministério Público Federal – MPF.