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Polícia Civil realiza operação contra envolvidos em contaminação de transplantes por HIV

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A Polícia Civil do Rio deflagrou, na manhã desta segunda-feira (14/10), a primeira fase da operação “Verum”, conduzida pela Delegacia do Consumidor (DECON). O objetivo da ação é identificar os responsáveis pela emissão de laudos falsos que resultaram no transplante de órgãos infectados com HIV para seis pacientes.

Seis pessoas receberam órgãos transplantados, de uma mulher e um homem, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro e foram infectados por HIV. Ao todo são 11 mandados de busca e quatro de prisão, na cidade do Rio e em Nova Iguaçu. 

14/10/2024 – Operação – DECON – Delegacia Especial de Crimes Contra o Consumidor – Laboratório PCS Saleme – Fotos: Rafael Campos

Em janeiro de 2024 o resultado do exame de um doador saiu negativo para HIV, e em maio de uma doadora também deu livre do HIV. Os órgãos foram liberados para a doação e quem esperava na fila de transplantes recebeu os órgãos.

14/10/2024 – Operação – DECON – Delegacia Especial de Crimes Contra o Consumidor – Laboratório PCS Saleme – Fotos: Rafael Campos

Em setembro um desses pacientes testou positivo para HIV. E no hospital começou uma investigação para a origem da contaminação. Quando um órgão é transplantado permanece no banco de doação amostra do sangue do doador. O Hemorio fez a checagem, e as amostras estavam positivas para HIV.

14/10/2024 – Operação – DECON – Delegacia Especial de Crimes Contra o Consumidor – Laboratório PCS Saleme – Fotos: Rafael Campos

O laboratório de análises clínicas PCS LAB Dr. Saleme, que foi responsável pelos exames na época, é um dos alvos das investigações. A suspeita é de que o grupo tenha falsificado laudos, já que existem situações conflitantes no carimbo da profissional que atestou os laudos de ausência do vírus.

14/10/2024 – Operação – DECON – Delegacia Especial de Crimes Contra o Consumidor – Laboratório PCS Saleme – Fotos: Rafael Campos

“Determinei imediatamente a instauração do inquérito, atendendo a determinação do governador para que os fatos fossem investigados com maior rigor e rapidez. Conseguimos elementos para representar pelas cautelares junto à Justiça em tempo recorde, para que os culpados sejam punidos com a maior celeridade”, explicou o secretário de Estado da Polícia Civil, Felipe Curi.

A Vigilância Sanitária interditou o laboratório responsável pelos testes. O laboratório PCS Lab Saleme informou em nota que “a defesa de Walter e Mateus Vieira, sócios do PCS Lab Saleme, repudia com veemência a suposta existência de um esquema criminoso para forjar laudos dentro do laboratório, uma empresa que atua no mercado há mais de 50 anos. Ambos prestarão todos os esclarecimentos à Justiça”.

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