A usina nuclear de Angra 3 recebeu nesta segunda-feira, 13, a visita do ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, que estava acompanhado do prefeito da cidade, Fernando Jordão, do secretário municipal de Governo, Cláudio Ferreti, entre outros políticos e autoridades do setor de energia nuclear. As obras da usina foram incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e passam por estudos para avaliar a viabilidade de sua conclusão.
O ministro visitou o canteiro de obras, na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA). Silveira veio discutir normas técnicas e judiciais para a realização das contrapartidas necessárias a fim de que a construção da usina nuclear – paralisada desde 2015 – seja retomada.
Em 17 de julho passado, a Eletronuclear comprometeu-se com a prefeitura a pagar dívida no valor de R$ 264 milhões, a título de compensações socioambientais pela construção de Angra 3. Pelo acordo, a estatal pagará o débito em cinco parcelas, até 2027, data prevista para o início das operações da usina.
Na visita, o ministro conheceu o Observatório Nuclear (espaço de visitação pública) e viu como funciona o armazenamento seguor dos equipamentos que serão utilizados na usina. Ele ainda manifestou ao prefeito a vontade de retomar logo as obras. Frisou o compromisso do governo federal em investir em fontes de energia limpa e segura, destacando a importância estratégica das usinas nucleares para garantir a estabilidade no fornecimento de energia nas próximas décadas.
“Já não há mais discussão sobre a necessidade de salvaguardarmos o planeta. O Brasil, sem dúvidas, nos próximos dez anos terá uma grande oportunidade de possuir uma economia verde. E a energia nuclear faz parte, porque além de não poluir, é fundamental para o nosso sistema, porque é uma energia firme”, pontua o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
O evento contou ainda com a presença do presidente da ENBpar, Luis Fernando Paroli, do presidente da Eletrobras, Ivan de Souza Monteiro, dos deputados Julio Lopes, Max Lemos e Reimont Luiz Otoni, dos prefeitos das cidades do entorno da central nuclear, além de outras autoridades que puderam estreitar laços com a empresa e discutir a finalização de Angra 3.
“Essa visita foi fundamental, porque o ministro deixou clara a importância do empreendimento, assim como a negociação dos parlamentares. O ministro também disse que quer trazer o presidente Lula para uma visita à Angra 3, de maneira a atender os anseios das prefeituras com o apoio dos deputados federais”, finaliza o presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court.
“Recebemos o ministro de Minas Energia, juntamente com os prefeitos de Paraty e Rio Claro. Foi uma conversa muito produtiva e agora vamos aguardar, pois a obra de Angra 3 só trará benefícios para o país. A obra é importante, mas para isso precisamos que a Eletronuclear cumpra seu compromisso junto aos municípios”, afirmou o prefeito Fernando Jordão.