O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu neste sábado (21) o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, que havia sido confirmado no cargo apenas 15 dias atrás.
Segundo informações, a exoneração ocorreu pelo general não ter cumprido ordens dadas pelo presidente em relação aos ataques terroristas de 8 de janeiro, em Brasília, especialmente em relação a militares responsáveis pela segurança do Planalto. Durante a semana, Lula declarou suspeitar que “a porta do Planalto foi aberta” para os bolsonaristas.
Membros do governo, porém, negam a exoneração. “Lula não demitiu ninguém, não falou com ninguém”, disse um integrante da Esplanada. O presidente está em voo para Brasília, e deve conversar com o chefe da Casa Civil, ministro Rui Costa, e com o ministro José Múcio.
Arruda será substituído pelo comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que, na última quarta-feira (18), fez um discurso para suas tropas cobrando respeito ao resultado das eleições.
“É o regime do povo. Alternância de poder. É o voto, e quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É essa a convicção que a gente tem que ter, mesmo que a gente não goste”, ressaltou o general na ocasião.
Arruda havia assumido o comando do Exército interinamente em 30 de dezembro, mas tinha sido efetivado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, apenas em 6 de janeiro.
*Estagiário sob a supervisão de Raquel Morais